Relatório de auto-avaliação:
Penso que o meu trabalho nos projectos foi em geral positivo.
Ao estar envolvido em 2 projectos sinto-me na obrigação de me auto-avaliar em
ambos, pois cumpri os meus deveres em ambos os projectos.
No projecto “Debaixo D’olho” fui operador de câmara pelo que
o meu trabalho foi exercido sobretudo durante o período das rodagens. Durante o
período que operámos com 3 câmaras eu fui o responsável por operar a câmara 1,
isto é, a central. O nosso esquema dispunha-se com a câmara 1 a ser a do meio,
a 2 a ser a da esquerda e a 3 a da direita, facilitando desta forma a vida não
só aos operadores como também à anotadora e posteriormente ao montador.
Inicialmente o meu cargo neste projecto era de assistente de câmara,
contudo devido ao elevado número de desistências no projecto, fui promovido
para operador de câmara, o que me permite ir para avaliação com 2 cargos
principais, em 2 projectos diferentes.
Os planos da minha autoria estão todos de acordo com o que foi
pretendido e com a qualidade exigida. Todos os enquadramentos foram
minuciosamente discutidos e todos eles foram em sentido ao que foi pedido.
Este projecto foi filmado em 5 dias, e fui convocado para
operar em 3 destes 5 dias, de acordo com a rotação delineada. Esta gestão ficou
a cargo da equipa de produção.
Neste projecto penso que não imperou a organização do mesmo.
Foi tudo feito um bocado “às 3 pancadas” e somente com o esforço, dedicação,
empenho e boa vontade de toda a equipa este projecto avançou. Durante as
rodagens nem tudo correu bem, contudo conseguimos dar sempre a volta por cima.
Em suma, penso que neste projecto o meu trabalho é
extremamente positivo, sendo que cumpri as minhas funções com a maior dedicação
possível e de forma assertiva.
Em relação ao projecto “Descendência” o meu cargo era de
grafismo, pelo que o meu trabalho foi desenvolvido não só durante as rodagens,
como antes e depois das mesmas. Este projecto inicialmente mostrou-se muito
mais organizado e muito mais sólido que o “Debaixo D’olho”.
Inicialmente foi-me indicado que deveria ter uma reunião com
a equipa de produção e de realização de forma a me serem dadas as indicações
apropriadas para a realização do meu cargo, onde me foi pedido um logo, um
cartaz, uma capa de dvd e um genérico. Esta reunião teve presença do Diogo
Açafrão e da Mariana Mendes, das equipas de realização e produção,
respectivamente.
Após isto ficou definido o meu horário de trabalho nos dias
de rodagens, de forma a poder elaborar o cartaz, capa de dvd e genérico com
tempo apropriado para tal. Contudo este horário não pôde ser mantido devido a
atrasos nas rodagens e a mudanças no planeamento semanal devido a horários de
actores. Devido aos atrasos não pude ter todo o tempo que necessitava para
poder ter um trabalho de boa qualidade. Desta forma o meu material não era o
mais apropriado para um resultado final da qualidade pretendida.
O logo começou desde logo a ser desenvolvido de acordo com as
indicações que me foram dadas. Após algumas tentativas falhadas optámos por o
logo ser somente um lettering, de acordo com o nosso público-alvo. Optámos por
isto, pois os logos, como se veio a verificar, não iriam resultar com o nosso
público-alvo. Eu, como responsável pelo grafismo, apresentei diversos possíveis
letterings que não foram aceites pela produção. Contudo acredito que vários dos
que foram apresentados por mim eram muito mais apropriados para o nosso
projecto do que o lettering final do projecto. Acredito que um lettering “à
mão” é muito mais apropriado para se chegar tanto a pessoas de 15 anos como de
65 anos.
Em relação ao cartaz, eu apresentei um cartaz e disseram-me
que não gostavam do resultado final. Sugeriram-me para alterar o fundo, o que
eu fiz. Após isso pedi snapshots, de forma a poder ter uma imagem diferente,
que nunca me foram enviados. Após insistir com a falta dos snapshots
disseram-me que já tinham feito um cartaz e que optaram por não entregar a capa
do dvd, que já tinha sido feita e entregue à produção, pois não era pedido. Optámos,
ainda antes das rodagens, que a capa do dvd iria ter a mesma imagem que o
cartaz da série.
Já o genérico teve de ser alterado diversas vezes por razões
alheias à produção da curta. O horário dos actores não permitia que,
infelizmente, se realizasse a ideia inicial do genérico. Contudo a ideia foi
adaptada para as nossas condições de trabalho e penso que foi realizada com
todo o esforço e empenho da equipa que levou o genérico a ter a qualidade
exigida. Durante a rodagem do genérico eu optei por filmar, juntamente com mais
um câmara, o que me facilitou imenso o trabalho. Na pós-produção, por indicação
da produção, optámos por não colocar os nomes dos actores.
A pouco tempo da entrega final foi-me pedido que realizasse
um efeito especial num plano, contudo esse material nunca me foi enviado, pelo
que acredito que se tenha ido por outra solução devido aos atrasos na
pós-produção.
Em resumo acredito que o meu trabalho foi positivo, tanto num
projecto como no outro. Realizei as minhas tarefas, e conclui tudo o que me foi
pedido de forma claramente competente e assertiva de acordo com o que me foi
pedido em cada projecto.
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